domingo, 1 de abril de 2012

O próprio cárcere

       Insensível. Eis o que me define.
       Nenhum sopro de vida me abala.
       Os risos nos bares são insensatos.
       As ideias mundanas são supérfluas.
       Os credos não respondem minhas dúvidas.
       As tragédias não me comovem.
       Os fogos de artifícios comemoram não sei o quê.
       As músicas e nenhuma forma de arte preenchem,
        minha subjetividade.
       Estou para ? não sei.
       Nada me identifica.
       Que elo me falta?
       Por que se é feito pra acabar?
       Livremente caindo por ondas de subterfúgios...
       vivo nos ares, nuvens de inseguranças e esperanças...
       Livremente caindo num abismo infinito
       nas profundezas do ser errante
       evoco o blues da piedade,
       nada muda, estou preso a mim e a vida passa.
       Nenhum dia é igual na essência,
       mas meu ser permanece inlapidável
       Como uma pedra bruta.
         

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