quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

São Paulo ,meu amor

          São Paulo desperta em mim sentimentos esplendorosos. Da sensação de liberdade por está entre milhares, à convivência com aqueles que me rodeiam no meu cotidiano. Sinto que aqui vejo uma síntese do mundo inteiro. Um imenso mosaico formado pela gigante população e o resultado das ações das mesmas refletido em diálogos, negócios, espetáculos, prevenções, descobertas e tudo que fazemos ou recebemos.
          Aqui sinto a vida que é um convite a usufruir o que há e o que teremos num futuro promissor. Gigante motor dessa nação. Ferramenta que sustenta e dar vigor aquele que enxerga as possibilidades que ela oferece. Possibilidades, que só mesmo uma cidade com tamanha potência pode permitir. Dignos daqueles que deram os primeiros impulsos na construção de tão importante metrópole. E dignos também são aqueles que zelam por São Paulo. E que zelem pela paz que ás vezes não temos aqui. Fato que acaba por ofuscar o brilho que habita, não o firmamento do céu paulistano, mas os nossos corações mesmo.
           São Paulo é essencialmente humana. É a cara daqueles que nela habitam. Então é quase impossível adjetivá-la, tamanha é a galeria étnica aqui. Bom mesmo, é que todos encontram seu lugar em algum canto de SP. Do centro a periferia. De noite e de dia. A energia sempre se faz presente, pois São Paulo não para. E nem pode. Aqui é sempre efeito manisfesto. E as estrelas daqui, assim como o mar, são o povo que se alimenta da seiva que brota do solo paulistano. Que saibamos regar nosso ambiente com atitudes prósperas e benéficas a essa terra esplêndida que é São Paulo. Nem mais bonita, nem mais feia: a melhor do mundo.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Mas e a alma?

             Entre vários filmes que aluguei nessas férias, um em especial, emocionou-me de tal maneira, que lágrimas rolaram no decorrer da história. Trata-se de "Não me abandone jamais" ( never let me go). Baseado no romance de Kasuo Ishiguro que aborda a clonagem. Não mostrando o processo de criação dos clones, e sim focando no uso dos órgãos dos mesmos, como alternativa  pra prolongar a vida humana neste plano terrestre.
              O filme narra o dia- a -dia de crianças em um tradicional orfanato inglês. Elas vivem sob o regime de internato, têm aulas, praticam exercícios, cantam e são estimuladas a crescerem saudáveis. Entretanto o destino delas não será sair de lá pra ocupar algum cargo na sociedade. Pois eles são clones destinados a serem doadores de órgãos quando chegarem à fase adulta. Desde cedo eles foram sujeitos à regras como não se aproximar de maneira alguma, da cerca que protege o orfanato sob pena das mais terríveis ameaças. Até de morte. De modo que eles não conhecem a vida fora do internato. E justamente, é angustiante a cena em que, uma nova tutora, que tendo apego às crianças, em um momento de fúria dispara: " Nenhum de vocês vai para à América. Nenhum de vocês vai trabalhar em mercados.Nenhum de vocês vai ser motorista. Nenhum de vocês vai fazer coisa alguma, exceto seguir a vida que foi escolhida para vocês. Vocês vão se tornar adultos, mas por pouco tempo. Antes de envelhecerem, vocês vão doar seus órgãos vitais. E depois da terceira ou quarta doação a vida de vocês vai se completar. Após isso, ela é demitida.
           
            Os personagens principais do filme são: Kathy, Ruth e Tommy, que na fase adulta são interpretados respectivamente por Carey Mulligan, Keira Knightley e Andrew Garfield. E além do destino cruel desses personagens, vemos o amor de Kathy por Tommy ser impedido pela inveja de Ruth que o seduz primeiro. Mas logo que Ruth tem consciência de sua morte ela tenta reparar o erro. Ela descobre um lugar onde há uma prorrogação do tempo de vida se um casal provar que se ama. Sentimento que há entre Kathy e Tommy. Mas seria compreensível um "não humano" amar? Por mais que Tommy, Kathy ou Ruth expressem qualquer emoção, através de desenhos ou outras atitudes, nada ultrapassa a realidade deles: São clones destinados a salvar vidas. Numa cortante cena, Ruth questiona a procedência deles. Para ela, só podem ser clones da escória da humanidade.
            É realmente um filme tristíssimo. A solidão de Kathy. A inocência demasiada das crianças que são estimuladas a desenharem pra ver se possuem uma "alma". E o pior: a terrível aceitação de um destino implacável. Tudo contado pela personagem Kathy, em mais uma interpretação magnífica de Carey Mulligan.