da hora mais convidativa do dia.
Entre fumaças de cigarros, pensávamos,
trocávamos confidências, eloquências, aventuras,
dos amores de outrora, que findaram
deixando no coração as cicatrizes,
que tentávamos amenizar, sanar
e queríamos encontrar nas desventuras ,
um ponto de ligação, o elo, a flecha
o encontro de nossas almas,
sedentas pela libertação do sentimento.
afoitas na iminência das fraquezas,
da libido a rebentar em arrufos de beijos,
nos poros a estremecer, as células dormentes
na tarde em que discorríamos do amor
que nos consumia, da lua que logo surgia,
das estrelas que cintilavam, nossos sonhos
adormecidos expandindo -se na torrente carnal.
Amávamos o momento da tarde vazia,
em que tudo era nós, e a nós o momento
no peito o desejo de sentir-se humano
a ponto de humanamente desejar ser do outro
e ao outro dominar.
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