domingo, 26 de junho de 2011

Longe do equilíbrio

       É redundante dizer que só o tempo faz esquecer algo ou alguém. Também dizer que só ele nos ensina e faz com que passemos a enxergar as coisas como elas são,pois quando somos muito jovens vivemos momentos em que tudo tem que ser feito,aproveitado,experimentado.É um período que(quase) todo mundo passa.As noitadas,paqueras muitas vezes regadas a álcool ou cigarros. Fazemos isso pra impressionar alguém ou mesmo por que estamos ainda testando nossos limites. Nos descobrindo. E há tantas possibilidades,que nem pensamos antes de tomar qualquer iniciativa.
       Depois dessa fase de procurar,querer agarrar o mundo vem um período mais realista,pois já encontramos ou não o que procurávamos. Ou sendo mais realista mesmo,é a idade,como muitos dizem. Passara a euforia,viera a calmaria,passara o deslumbre viera a sensatez,passaram as paixões viera o amor que se encontrara ou que ainda se busca.
       Não se trata de desistir de aproveitar as festas ou outros eventos,talvez os exageros que muitos cometem nessa fase,levaram-me a discorrer da importância do tempo nessa questão. Muitos já fazem sua hora e apoiam-se em alguma religião que abomine excessos de bebedeiras e suas consequências. Muitos não sabem a dose certa de agir ou mais fundo ainda não sabem equilibrar o que se vê. Daí surge o exagero prejudicial.Se bem que eu mesmo não sei dosar direito as coisas e acabo me perdendo em pensamentos. Vivo distraído. E mais uma vez recorro a Clarice lembrando o conto "Por não estarem distraídos".
       O fato é que cansei de festas,badalações.Talvez viva esperando alguém que caiba no meu sonho,como na música do Cazuza. Espero mesmo encontrar,pois a solidão é meu pior castigo. E aquela história de que os opostos se atraem comigo já vi que não rola.

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