Ao som de Happy By Pharrel Willians
Uma Thurman em cena de The accidental husband |
Já faz um tempo que me aventurei a
apreciar o cinema não hollywoodiano. E foi uma das melhores descobertas que
fiz. É um cinema produzido com um afinco e precisão. Algo que é possibilitado
sem o peso da clicherização e obviedade que são a base dos filmes “empurrados”
às grandes massas. O que por sua vez, acarretou no mito que filme bom é aquele
com história comovente ou de super-
heróis. Filmes “parados” nem pensar! Nossos jovens não foram educados para
entender os processos artísticos, quaisquer que sejam. O que é arte? Por que o
cinema é considerado a 7° arte? Se bem que, essa nem eu sei. Mas, vou pesquisar.
Isso me trouxe
à tona, um acontecimento marcante da minha graduação: o professor de
linguística perguntara “o que é literatura”. Nós, no 1° semestre de letras,
fizemos um silêncio sepulcral. Tanto gosto pela literatura; tantas obras lidas
por prazer; Todo (de alguns) um interesse em aprender a matéria e, no entanto,
foi patético não sequer tentar responder. Devia ser porque estávamos no começo
do curso. Mesmo assim, isso revela o modo de vida corrido e objetivo demais do
nosso tempo. Há também as malditas distrações que nos cutucam. Eu, por exemplo,
fico horas á fio vendo as bobagens da TV aberta e folheando revistas de
celebridades. Outro fator patético, é a grande notoriedade que os nossos jovens
dão às redes sociais: um ser humano, que tenha até 50 anos não ter facebook é
considerado quase uma anormalidade. Tamanha alienação à qual estão submetidas a
turma moderníssima desse começo de século.
Comecei falando
de cinema e já me perdi todo. Foco. Foco. Tenho que focar em algo e dar um
jeito em minha vida. Mesmo que eu seja repetitivo. Mas tenho que honrar o que
me define. O que? Deve ser o ar, o elemento que rege meu signo: gêmeos. Dai
a bipolaridade: i’ve been so high. I’ve been so down. Ai Madonna! Sempre me emocionando. Eis
uma artista do mainstream que estará
sempre em meu conceito. Poderia me inspirar em sua determinação. Medo é algo
que Madonna não conhece. Se conhece, não deixa transparecer. Voltando atrás,
esse foco! Foco! É outra lembrança da graduação. Deu saudade dos amigos. Já sei
vou sucumbir à maldição hollywoodiana e assistir a uma comédia romântica: The
accidental husband. É com a Uma Thurman que dispensa apresentações. Afinal, sou romântico
e não sou de ferro pra ter que ver só filme de arte. Chupa cinema europeu! Ah
lôka! Esse filme é estadunidense e irlandês.
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