sexta-feira, 26 de julho de 2013

Imaginem na Copa?

          Essa pergunta é recorrente no dia a dia das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Quem nelas vive, sabe o caos que é pra conseguir pegar conduções em horários de pico. Essa semana, acontece  no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude, evento da Igreja Católica que trouxe para nosso país seu maior representante: O Papa Francisco. Sua vinda não só confirmou o quanto ele é Pop, como evidenciou a falta de estrutura de nossas megalópoles para receber as milhares de pessoas que se “aventuram” nesse encontro em busca, ou na confirmação da fé cristã.
          Logo ao pisar em solo brasileiro, uma multidão já aguardava Vossa Santidade, o Papa Francisco. Fiéis o saudavam com louvores, esbanjando uma felicidade que eu sequer consigo imaginar existir. Eu que não conheço o que a humanidade inteira conhece do ser gente. Mas havia fiéis que extrapolaram. Na fé? Avançaram no veículo onde o Papa se locomovia, para desespero dos seguranças. Não bastaria um aceno? Alguns brasileiros são eufóricos demais. Tudo bem que ver alguém notório por qualquer ação benevolente é coisa raríssima. Ainda mais pra quem saiu lá de onde Judas perdera suas botas. O Papa é uma celebridade. Assim como a MC Anita ou o Luan Santana. Será que irei para o purgatório?
          Asneiras à parte, fico satisfeito pelo fato de muitas pessoas procurarem na religião, um meio dê fundamentos em suas vidas. Embora haja falhas, por parte de algum membro de igrejas (independente da religião), é fato que as religiões pregam a paz, a benevolência. Consequentemente, quem é adepto de alguma crença religiosa, fecha-se para o mundo dos vícios negativos e da criminalidade. Entretanto, participar dessa jornada trouxe muito desconforto para centenas de pessoas, sobretudo para quem não era Carioca. As filas do metrô estavam quilométricas. O sistema de transporte público da cidade é totalmente insuficiente pra suprir um evento como esse. Muitas pessoas de outros Estados, ficaram sem condução após as celebrações. E o pior: não havia quem lhes informasse qual condução atenderia ao destino dos perdidos na cidade grande. Eh Jornada Mundial da Juventude! Fazem lembranças para vender. Mas não elaboram medidas que proporcionem ao “Fiel visitante” uma volta pra casa na paz do Senhor.

         Perco-me facilmente em qualquer pensamento e nesse momento a novela tá tão emocionante. Com seu texto melodramático da mocinha que perdeu a guarda da filha, e foi rejeitada pela mãe biológica que acabara de conhecer. Ainda me impressiono com os velhos clichês novelescos. Mas voltando ao início, é revoltante os aspectos negativos que acontecem nesses eventos, como o desconforto dos fiéis nesse encontro Papal. Espero que os governantes encontrem meios para melhorar a cidade do Rio de janeiro. Afinal, os aclamados eventos esportivos estão quase chegando. Não se faz necessário os vândalos ocorridos a todo instante. Basta ver as centenas de rostos perdidos sem saber a que horas e qual condução tomar. 

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