Essa
pergunta é recorrente no dia a dia das cidades de São Paulo e do Rio de
Janeiro. Quem nelas vive, sabe o caos que é pra conseguir pegar conduções em
horários de pico. Essa semana, acontece no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da
Juventude, evento da Igreja Católica que trouxe para nosso país seu maior
representante: O Papa Francisco. Sua vinda não só confirmou o quanto ele é Pop,
como evidenciou a falta de estrutura de nossas megalópoles para receber as
milhares de pessoas que se “aventuram” nesse encontro em busca, ou na
confirmação da fé cristã.
Logo ao pisar em solo brasileiro, uma multidão
já aguardava Vossa Santidade, o Papa Francisco. Fiéis o saudavam com louvores,
esbanjando uma felicidade que eu sequer consigo imaginar existir. Eu que não
conheço o que a humanidade inteira conhece do ser gente. Mas havia fiéis que
extrapolaram. Na fé? Avançaram no veículo onde o Papa se locomovia, para
desespero dos seguranças. Não bastaria um aceno? Alguns brasileiros são
eufóricos demais. Tudo bem que ver alguém notório por qualquer ação benevolente
é coisa raríssima. Ainda mais pra quem saiu lá de onde Judas perdera suas
botas. O Papa é uma celebridade. Assim como a MC Anita ou o Luan Santana. Será
que irei para o purgatório?
Asneiras à parte, fico satisfeito pelo fato de muitas pessoas procurarem
na religião, um meio dê fundamentos em suas vidas. Embora haja falhas, por
parte de algum membro de igrejas (independente da religião), é fato que as
religiões pregam a paz, a benevolência. Consequentemente, quem é adepto de
alguma crença religiosa, fecha-se para o mundo dos vícios negativos e da
criminalidade. Entretanto, participar dessa jornada trouxe muito desconforto
para centenas de pessoas, sobretudo para quem não era Carioca. As filas do
metrô estavam quilométricas. O sistema de transporte público da cidade é totalmente
insuficiente pra suprir um evento como esse. Muitas pessoas de outros Estados,
ficaram sem condução após as celebrações. E o pior: não havia quem lhes informasse
qual condução atenderia ao destino dos perdidos na cidade grande. Eh Jornada
Mundial da Juventude! Fazem lembranças para vender. Mas não elaboram medidas
que proporcionem ao “Fiel visitante” uma volta pra casa na paz do Senhor.
Perco-me facilmente em qualquer pensamento e
nesse momento a novela tá tão emocionante. Com seu texto melodramático da
mocinha que perdeu a guarda da filha, e foi rejeitada pela mãe biológica que
acabara de conhecer. Ainda me impressiono com os velhos clichês novelescos. Mas
voltando ao início, é revoltante os aspectos negativos que acontecem nesses
eventos, como o desconforto dos fiéis nesse encontro Papal. Espero que os
governantes encontrem meios para melhorar a cidade do Rio de janeiro. Afinal,
os aclamados eventos esportivos estão quase chegando. Não se faz necessário os
vândalos ocorridos a todo instante. Basta ver as centenas de rostos perdidos
sem saber a que horas e qual condução tomar.
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