Entendendo
exercer a cidadania como um referencial de conquista dos direitos humanos,
através daqueles que sempre buscam mais igualdade de direitos, maior liberdade,
melhores garantias individuais e coletivas não se conformando com as dominações
de qualquer instituição que dissemine a intolerância sobre qualquer aspecto: orientação sexual, religioso, etnia,
cor da pele etc. É natural que as pessoas assumam a coragem de afirmar-se
perante às afrontas proferidas, verbais ou não. Ainda mais quando se vive numa
época marcada por uma miscelânea, norteada pela globalização e impulsionada
pelo individualismo que ultrapassa qualquer entidade social ou grupo religioso,
seitas com anseios em comum. Isto é, em tempos de corrida pelo destaque em
qualquer atividade que vise à prosperidade capitalista e consequentemente
pessoal, chega a ser um retrocesso debater-se com afirmações preconceituosas
oriundas de qualquer espécie.
As pessoas
esperam o momento certo para exporem seus anseios ou visão de mundo. E foi isso
que fez a cantora Daniela Mercury, ao expor em vários meios (redes sociais, TV,
jornais), sua conduta sexual. Mais que um momento oportuno. A categoria LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), estava e ainda está sendo alvo de
discriminações, por pessoas públicas como a cantora Joelma, da Banda Calypso, e
também pelo famigerado Pastor Marco Feliciano. Esse, também disparou
comentários racistas, o que provocou a ira de muitas pessoas que manifestaram
sua indignação com passeatas por todo o país. Vale ressaltar, que essa revolta
é devida ao fato do pastor presidir uma a comissão de direitos humanos. Fato no
mínimo contraditório.
Ao mostrar ao
país sua orientação sexual, a cantora encoraja àquelas pessoas que são vítimas
da intolerância em qualquer ambiente: familiar, escolar ou no trabalho. Pois as
passeatas que são realizadas com o propósito de garantir os homossexuais os
direitos inerentes a qualquer ser humano, não tem sido suficiente para
conscientizar muitas pessoas que vivem ainda no abismo da ignorância. Na
verdade, a famosa passeata pelo orgulho gay transformou-se numa festa. Sendo
assim, a atitude de Daniela Mercury significa uma maneira de lutar pela
cidadania de toda uma classe que é na maioria das vezes, vista sob as lentes dos
estereótipos (afetação, promiscuidade).,
quando na realidade, são apenas seres humanos com os mesmos direitos e deveres,
aos quais todos possuem, inclusive o direito à liberdade individual, liberdade
de expressão e de pensamento.
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