domingo, 14 de abril de 2013

Menos intolerância

      Entendendo exercer a cidadania como um referencial de conquista dos direitos humanos, através daqueles que sempre buscam mais igualdade de direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas não se conformando com as dominações de qualquer instituição que dissemine a intolerância sobre qualquer  aspecto: orientação sexual, religioso, etnia, cor da pele etc. É natural que as pessoas assumam a coragem de afirmar-se perante às afrontas proferidas, verbais ou não. Ainda mais quando se vive numa época marcada por uma miscelânea, norteada pela globalização e impulsionada pelo individualismo que ultrapassa qualquer entidade social ou grupo religioso, seitas com anseios em comum. Isto é, em tempos de corrida pelo destaque em qualquer atividade que vise à prosperidade capitalista e consequentemente pessoal, chega a ser um retrocesso debater-se com afirmações preconceituosas oriundas de qualquer espécie.
        As pessoas esperam o momento certo para exporem seus anseios ou visão de mundo. E foi isso que fez a cantora Daniela Mercury, ao expor em vários meios (redes sociais, TV, jornais), sua conduta sexual. Mais que um momento oportuno. A categoria LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), estava e ainda está sendo alvo de discriminações, por pessoas públicas como a cantora Joelma, da Banda Calypso, e também pelo famigerado Pastor Marco Feliciano. Esse, também disparou comentários racistas, o que provocou a ira de muitas pessoas que manifestaram sua indignação com passeatas por todo o país. Vale ressaltar, que essa revolta é devida ao fato do pastor presidir uma a comissão de direitos humanos. Fato no mínimo contraditório.
         Ao mostrar ao país sua orientação sexual, a cantora encoraja àquelas pessoas que são vítimas da intolerância em qualquer ambiente: familiar, escolar ou no trabalho. Pois as passeatas que são realizadas com o propósito de garantir os homossexuais os direitos inerentes a qualquer ser humano, não tem sido suficiente para conscientizar muitas pessoas que vivem ainda no abismo da ignorância. Na verdade, a famosa passeata pelo orgulho gay transformou-se numa festa. Sendo assim, a atitude de Daniela Mercury significa uma maneira de lutar pela cidadania de toda uma classe que é na maioria das vezes, vista sob as lentes dos estereótipos  (afetação, promiscuidade)., quando na realidade, são apenas seres humanos com os mesmos direitos e deveres, aos quais todos possuem, inclusive o direito à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário