Forever- ano 2.000 Gravadora- Virgin Records |
Quem era adolescente nos
anos noventa, certamente acompanhou o sucesso provocado por cinco meninas
inglesas: as Spice Girls. Elas revolucionaram a música pop, arrebatando fãs no
mundo todo e souberam aproveitar bem essa fase ao colocarem sua imagem em
diversos produtos que iam de câmeras fotográficas a bonecas, isso sem contar no
filme Spice World, uma narrativa comum apenas pra contar a rotina das meninas
que queriam ser “elas mesmas” mas sentiam-se presas aos compromissos impostos
pelo sucesso, ou seja, mais um produto pra faturar na onda desse fenômeno pop.
Bem, o resto os fãs já sabem, esse sucesso não se manteve logo que uma das integrantes,
Geri Halliwel, agora Horner, caiu fora alegando diferenças entre elas. O grupo
tentou seguir só com as quatro, mas cada uma acabou investindo na carreira
solo.
A fase com apenas quatro
integrantes não foi acompanhada por mim, fã das cantoras de carteirinha, fato que
atribuo por não ter acesso à internet na época, começo dos anos 2.000 e também
porque talvez eu estivesse acompanhando o sucesso de Britney Spears ou Christina
Aguilera, isso sem NEVER abandonar Madonna, a melhor artista de todas. Então,
passei batido pelo álbum “Forever”, sim, um título no mínimo irônico, pois as
cantoras não continuariam com o quarteto, apesar de afirmarem em seus shows que
seguiriam sim “forever”, apesar dos tabloides ingleses anunciarem o fim do
grupo. Inclusive nesse álbum há uma canção, Teel me why, que muitos atribuem a debandada de
Geri, ou seja, como se fosse uma indireta das meninas à integrante que
abandonara o grupo sem maiores explicações:
So tell me why – oh why
Did we end up this way
When we tried – we tried
To make everything ok
Teel me why – oh why
Did you feel you couldn’t stay
When we coud have stayed together
But you wanted it this way
O disco “Forever” difere dos
antecessores em muitos aspectos,
sobretudo na sonoridade, que passa a ser menos eclética – o Spice World tinha elementos
de música latina, disco, jazz, entre outros- aqui as canções são em sua maioria
baladas lentas e canções de R&B, tal o som de grupos como o extinto Destiny
Child ou TLC, o que muitos críticos e fãs definiram como um som “americanizado”.
Isso não quer dizer que Forever seja um álbum esquecível, ao contrário, esse
disco traz baladas incríveis e aquele pop à la Spice como Holler, primeira
música de trabalho na ocasião do lançamento. Sem falar que nele podemos
assimilar melhor o vocal das moças, pra constatar, claro, que Melanie C é muito
afinada e que nesse quesito a Ginger não fez muita falta. Em Forever Melanie B
investe mais em seus rappers dando aquele up em canções como Weekend love e
Right Back at ya e o que dizer da voz doce da Emma Bunton? Já Victoria pode não
ser uma boa vocalista, mas seu estilo e empolgação são incontestáveis para o
Girl power! Forever é um disco viciante,
deveria ser melhor aproveitado – apenas quatro canções dele estão incluídas no
Greatest hits das Spice – inúmeras são as possibilidades de hits que renderiam,
principalmente as baladas românticas, como Time goes by, por exemplo. E já que
as Spice estão ensaiando um retorno, nada como escutá-las em Forever, já que os
hits dos dois discos anteriores sempre tocam em rádios adulto-contemporâneas
ou em diversas ocasiões, afinal elas chegaram a ser comparadas aos Beatles,
então seus hits jamais serão esquecidos.
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