quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Forever, Spice Girls

Forever- ano 2.000
Gravadora- Virgin Records
  Quem era adolescente nos anos noventa, certamente acompanhou o sucesso provocado por cinco meninas inglesas: as Spice Girls. Elas revolucionaram a música pop, arrebatando fãs no mundo todo e souberam aproveitar bem essa fase ao colocarem sua imagem em diversos produtos que iam de câmeras fotográficas a bonecas, isso sem contar no filme Spice World, uma narrativa comum apenas pra contar a rotina das meninas que queriam ser “elas mesmas” mas sentiam-se presas aos compromissos impostos pelo sucesso, ou seja, mais um produto pra faturar na onda desse fenômeno pop. Bem, o resto os fãs já sabem, esse sucesso não se manteve logo que uma das integrantes, Geri Halliwel, agora Horner, caiu fora alegando diferenças entre elas. O grupo tentou seguir só com as quatro, mas cada uma acabou investindo na carreira solo.  
  A fase com apenas quatro integrantes não foi acompanhada por mim, fã das cantoras de carteirinha, fato que atribuo por não ter acesso à internet na época, começo dos anos 2.000 e também porque talvez eu estivesse acompanhando o sucesso de Britney Spears ou Christina Aguilera, isso sem NEVER abandonar Madonna, a melhor artista de todas. Então, passei batido pelo álbum “Forever”, sim, um título no mínimo irônico, pois as cantoras não continuariam com o quarteto, apesar de afirmarem em seus shows que seguiriam sim “forever”, apesar dos tabloides ingleses anunciarem o fim do grupo. Inclusive nesse álbum há uma canção, Teel me why, que muitos atribuem a debandada de Geri, ou seja, como se fosse uma indireta das meninas à integrante que abandonara o grupo sem maiores explicações:

So tell me why – oh why
Did we end up this way
When we tried – we tried
To make everything ok
Teel me why – oh why
Did you feel you couldn’t stay
When we coud have stayed together
But you wanted it this way


  O disco “Forever” difere dos antecessores em muitos aspectos, sobretudo na sonoridade, que passa a ser menos eclética – o Spice World tinha elementos de música latina, disco, jazz, entre outros- aqui as canções são em sua maioria baladas lentas e canções de R&B, tal o som de grupos como o extinto Destiny Child ou TLC, o que muitos críticos e fãs definiram como um som “americanizado”. Isso não quer dizer que Forever seja um álbum esquecível, ao contrário, esse disco traz baladas incríveis e aquele pop à la Spice como Holler, primeira música de trabalho na ocasião do lançamento. Sem falar que nele podemos assimilar melhor o vocal das moças, pra constatar, claro, que Melanie C é muito afinada e que nesse quesito a Ginger não fez muita falta. Em Forever Melanie B investe mais em seus rappers dando aquele up em canções como Weekend love e Right Back at ya e o que dizer da voz doce da Emma Bunton? Já Victoria pode não ser uma boa vocalista, mas seu estilo e empolgação são incontestáveis para o Girl power!  Forever é um disco viciante, deveria ser melhor aproveitado – apenas quatro canções dele estão incluídas no Greatest hits das Spice – inúmeras são as possibilidades de hits que renderiam, principalmente as baladas românticas, como Time goes by, por exemplo. E já que as Spice estão ensaiando um retorno, nada como escutá-las em Forever, já que os hits dos dois discos anteriores sempre tocam em rádios adulto-contemporâneas ou em diversas ocasiões, afinal elas chegaram a ser comparadas aos Beatles, então seus hits jamais serão esquecidos. 

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