Hoje é mais um
dia histórico para o nosso país, devido às eleições para presidente. Desde o
começo das campanhas políticas, uma coisa (na verdade várias) desvia o foco da
verdadeira dimensão que a política deveria tomar: escândalos de corrupção que
surgem à tona; candidatos nanicos se mostram como defensores primordialmente,
de causas próprias, a ponto de ofenderem em público quem não compartilhe com
tais causas defendidas. E o mais decepcionante é a vocação que muitos
brasileiros tem de fazer piada, diante de assunto tão sério que é a política.
É lamentável
assistir aos debates e ver somente trocas de acusações, proferidas entre sorrisos
sarcásticos e frases decoradas, pausas, discursos técnicos, etc. Tem-se a
impressão que o debate serve para comparar em qual governo houve mais corrupção.
Acaba sendo algo bem comum na humanidade: Eu erro, mas você também errou e
muito. Convencionou-se, que é muito fácil perder-se nos meandros da política.
Quantas vezes não ouvimos: “ fulano rouba, mas faz.” Essa eleição deu, e ainda
vai dar muito o que falar. Nunca nosso país esteve tão dividido. Em meio a
tanta divergência, e todo o gás que as pessoas colocam, dar vontade de ir lá
pra Pasárgada, ser amigo do rei e ter um boy -... ops, eu quis dizer alguém a
disposição. Desculpe Bandeira, pela minha sórdida adaptação de tão belos
versos.
As redes sociais
se transformaram num verdadeiro campo de batalha ideológica. O velho combate
direita versus esquerda. Lógico que todo mundo, tem o direito à livre expressão
do pensamento. O problema é que muitos não expressam de forma respeitosa. Não é
preciso nenhum candidato cometer gafes, pra surgir na internet as mais absurdas
montagens depreciativas. Soou redundante? Redundante é o humor do povo
brasileiro. Um humor que lança mão dos piores impropérios. Não é preciso ser
uma pessoa culta, estudada para cultivar uma boa leitura de mundo. O fato é que
o humor veiculado na TV e os que pipocam nas redes sociais, subestimam a inteligência
do povo brasileiro.
Comecei falando
de política e cai justamente na esfera educativa. Como é sabido por todos, ela
é o grande problema do Brasil: resultados pífios, quando comparados a outros
países. Só a educação privada (privilégio de poucos) é eficiente. Espero que
quem vença essa eleição, olhe com o compromisso de melhorar, a nossa educação. Para
que não tenhamos tanta desigualdade, às custas de meios ilícitos que tanto
mancham a imagem de nosso país. Parece utopia? E é mesmo, afinal uma coisa bem
celebrada é o famoso “jeitinho brasileiro” e o que mais tem me incomodado: tudo
é motivo pra zoeira alienante das mentes deturpadas. Todo esforço que
educadores fazem, para que as pessoas não caiam nos golpes midiáticos não
surtem o efeito esperado. Eu quereria, quero na verdade, um povo verdadeiramente
educado e mais comprometido com o crescimento do país. E não é por meio de
ofensas virtuais, nem presenciais (vaias e afins) que se luta por mais igualdade socioeconômica.
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