domingo, 23 de junho de 2013

A novela e os gays

                      
       A atual novela das oito apostou em colocar (até agora) três personagens gays. Ohhhhh! Para tudo! O que esperar disso? Menos preconceito? O mundo é gay? Ai tou lôca!!
       Brincadeiras a parte, já que a arte imita a vida e a novela é um dos maiores detentores de audiência da TV brasileira, dependendo do enfoque dado aos personagens, isso tem lá seus pontos positivos. Muitas pessoas (não entendidas), ao saberem que há personagens gays na novela, logo pressupõem tratar-se de mais um estereótipo: ou a bichinha efeminada, ou o gay enrustido e por aí vai as várias hipóteses levantadas pelos (as) curiosos. O babado é forte.
      Nessa novela, há um casal gay que pretende ter um filho através de uma barriga de aluguel. Nossa que coisa né! “ Mas se assim eles querem... Cada um sabe de sí.” “ Mas Deus já criou a noção de família: o pai e mãe. Homem e mulher. Imaginem  na escola, os dois pais indo pegar o filho.” Ai, ai... esse e mais outros discursos serão ditos pela tradicional família brasileira. Tão correta e sábia. A ponto de apoiar-se num fanático e alienante discurso religioso que promete à salvação aqueles que não praticarem atos excomungados pelo livro antigo, leia-se: Bíblia Sagrada. Claro que na Bíblia encontram muitas passagens detentoras de ética, bom senso, etc. Entretanto, existem pessoas que as interpretam ou dão ênfase somente às passagens que vão de encontro ao que elas já acreditam e as tem como verdade.
      Nossa! Até já tinha esquecido os personagens gays de Walcyr Carrasco (Mona! Te adoro!!!) O novelista apostou num vilão gay interpretado por Mateus Solano que lança mão de uma risada prá lá de forçada e irritante, mas os jargões da biba são engraçados. Até eu, acho que salguei a santa ceia. Aliás, ele ter ouvido eu falar que grudei chiclete na cruz de Cristo. Ah Lôca! E haja maldade no coração dessa bicha má. Ai que meda! E há o casal bem resolvido interpretados por Marcelo Antony e Thiago Fragoso. O bom dessa “variedade” de personagens entendidos, é que acaba sendo uma maneira das pessoas pararem de atribuir rótulos. Coisa mais medíocre. Cada ser é único no mundo. Mesmo no grupo de homossexuais, cada pessoa tem sua personalidade própria: introvertida, eufórica, sensata, mundana..., afinal somos humanos. Esse fato já nos torna ausente de qualquer, rotulação atribuída pelo simples fato de termos uma orientação sexual diferente do convencional. Humanos sim. É assim que temos que ser vistos.

 

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