terça-feira, 23 de outubro de 2012

Platônico


Em meus dias e noites,
Eu vivo a sonhar!
Com seu belo semblante,
Em minha face a  flertar.
São tantos os desejos, infindas quimeras,
Que em face dos sonhos ,
Chego a duvidar.
Como pode alguém, viver a almejar?
Tamanho  um  amor!
Que na terra não há.
Não existe esse ser,
Capaz de ancorar,
Num doce recôndito
Imerso ao luar.
Que fiz ao mundo pra viver a sonhar?
Com esse amor involuntário,
Que jamais saberá.
Dos meus sonhos arfantes
No desejo a pulsar?
E em face dos astros
Em sua luz a cintilar.
O que sinto, o que vejo
Ninguém o verá.
Nem mesmo as canções,
Com toda a harmonia,
O que anseio e o que amo,
Não traduzirão.
As gotas de afeto 
Que caem e habitam,
em meu coração.
Formam nuvens pesadas 
Senão de amor ou quiçá ?
Fulgás ilusão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário