Além de ser um disco de estrada, nas palavras da própria Céu, o título do álbum é explicado pelas três vinhetas presentes entre as faixas. São elas: Teju na estrada, Sereia e Fffree. Que é algo para designar a unidade do trabalho. O conceito. Além de serem tão boas quantos as faixas inteiras. Quantos aos destaques, é difícil escolher as melhores, mas vamos lá: Retrovisor, a primeira música de trabalho; Palhaço, ótima regravação, que conta com o assovio e violão de seu pai Edgar Poças; Falta de ar, faixa com uma guinada de rock das antigas á la Rita Lee. Contravento,um maravilhoso baião que embalado com a voz branda de Céu é um deleite aos nossos ouvidos.
Certamente esse trabalho causará decepção em algumas pessoas que preferem a pegada afro-beat, o reggae (presente aqui mas com menos intensidade) e outros elementos que deram visibilidade a cantora até fora do Brasil. Entretanto, vale ressaltar que o mais interessante na música e em qualquer outra arte é buscar novas sonoridades. Ou mesmo resgatar sons do passado e dar uma nova roupagem. Nada mais comum em nossos dias. Até porque nesse trabalho o grande trunfo é a voz doce de Céu.